Ele não
é um dos grandes monstros do cinema de horror, os quais estamos
acostumados a ver nas listas de mais importantes para o gênero, mas
com certeza merece ser lembrado.
Nascido
Norman Carter Slaughter, (cujo o próprio sobrenome significa
abate/assassino) em 19 março de 1885, em Northumberland, na
Inglaterra. Morreu dia 19 de fevereiro de 1956, aos 70 anos, tendo atuado até os últimos dias de sua vida.
Atuou
fortemente entre os anos 1905 e 1956, nos palcos de teatro, cinema e
televisão.
Ficou
conhecido por interpretar maníacos em adaptações de filmes
macabros e melodramas da era vitoriana.
História
Filho
mais velho de 12 irmãos, iniciou sua carreira em 1905 nos palcos de
teatro da Inglaterra. Em 1913, tornou-se arrendatário dos teatros
hipódromo em Richmond e Croydon. Depois de uma breve interrupção
para servir durante a I Guerra Mundial, Slaughter retomou sua
carreira e voltou para o palco. Onde raramente interpretava vilões.
No inicio
da década de 20, seu teatro passou por anos memoráveis com várias
adaptações bem sucedidas entre elas: Maria Marten, Sweeney Todd,
Jack Sheppard e The Silver King. Apesar de um protesto local, o
Elephant and Castle Teatro foi fechado em 1927, e a Slaughter's
Company começou a decair.
Foi em
1925 que adotou o nome artístico Tod Slaughter, mas seus papéis
principais ainda tinham caráter heróico.
Finalmente
encontrou sua verdadeira vocação quando, em 1931, no Teatro Novo -
Londres, interpretava o pirata Long John Silver em Ilha do Tesouro
durante o dia, e “Murderer And Body Snatcher William Hare” a
noite. Pouco tempo depois, foi a vez de Sweeney Todd, o Barbeiro
Demoníaco da Rua Fleet. Finalmente com os vilões ator e papel
tinha encontrado.
Em 1934,
aos 49 anos, Slaughter inicia sua carreira no cinema. Normalmente
escalado como um vilão, seu primeiro filme foi “Maria Marten” ou
“Murder in the Red Barn” (1935) um melodrama vitoriano barato com
Slaughter como vilão. Seu próximo filme foi como Sweeney Todd em
“Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (1936),
dirigido e produzido por George King, cuja parceria continuou
nos filmes subseqüentes: "The Crimes of Stephen Hawke" (1936), "It's
Never Too Late To Mend" (1937), "The Ticket of Leave Man" (1938), "The
Face at the Window" (1939) e "Crimes at the Dark House" (1940). Durante
a Segunda Guerra Mundial, Slaughter estava interpretando nos palcos
Jack, o Estripador, Landru e Dr. Jekyll e Mr. Hyde.
Após a
guerra, Slaughter retornou papéis melodramáticos e atuou em “The
Curse of the Wraydons” (1946) e “The Greed of William Hart”
(1948), baseado na história dos assassinos e ladrões de cadáveres Burke e Hart.
No início
dos anos 1950, Slaughter apareceu como o vilão em dois filmes de
crime “King of the Underworld” (1952) e “Murder at Scotland
Yard” (1953). No entanto, o apetite do público para o melodrama
parecia ter diminuindo e o declínio inevitável, indo à falência em 1953. Porém
continuou a atuar em produções teatrais. Uma versão do Spring-Heeled Jack, estrelado por Tod foi
uma das primeiras exibições da TV ao vivo, montado pela BBC depois da guerra. Ainda interpretando no palco quase até o fim, Slaughter morreu de trombose
coronária.
Depois de sua morte, após uma performance de Maria Marten
em Derby, sendo socorrido por sua mulher, a atriz Jenny Lynn; seu trabalho passou quase completamente à obscuridade. Afinal para os críticos, preferindo a naturalidade, esqueceram do quão divertidos são os filmes de Slaughter, o quanto a sua teatralidade exagerada fez ótimos e inesquecíveis vilões.
E no Brasil?
Felizmente o saudoso selo Darkside, da Worksdvd, lançou os quatro principais filmes de Slaughter. Apesar da edição barata e de pouca qualidade, com a arte de capa um pouco duvidosa, dois filmes em um único disco, certamente é melhor tê-los, do que nunca ter conhecido "Tod Slaughter, o primeiríssimo astro inglês dos filmes de horror. O vilão impiedoso esfrega as mãos, gargalha diabolicamente e esbofeteia criança em sua saborosa caracterização como o lendário barbeiro com tendências canibais". - segundo a sinopse do disco.
Disco 1:
"O Diabólico Barbeiro de Londres" - 1936
"Um vulto na janela" - 1939
Disco 2:
"O Maquiavélico William Hart" - 1948
"Crime na Mansão Sombria" - 1940
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