E lá vamos nós! Nos encaminhando para a reta final dos 30 filmes de zumbis, que a partir de agora apresentará os maiores clássicos.
O filme de hoje já foi citado em diversas outras postagens e o diretor então nem se fala, Lucio Fulci já deu as caras por aqui em outras duas ocasiões. E se sempre denominamos George A. Romero de Pai dos Mortos, acho que podíamos chamar Fulci de Tio - hahaha. Afinal quem nunca teve um tio ou tia bem legal, que nos presenteava com aquilo que realmente queríamos e as vezes nos mostravam coisas bem melhores que nossos pais? Assim é Fulci, diversas vezes esquecido, outras nem mesmo conhecido principalmente tratando-se do grande público, mas que somente com Zombie supera 90% da produção "zumbística" do mundo.
Zombie é sem dúvida um dos melhores filmes de zumbis de todos os tempos. O melhor exemplar dos italianos, com excessivas doses de gore e nudez gratuita, um roteiro bem construído, principalmente se compararmos com outras obras de Fulci, (acho que foi depois deste que ele começou a usar coisas ilícitas). Enfim, tudo funciona perfeitamente por aqui.
Logo no primeiro take, vemos um corpo totalmente enrolado em lençóis erguendo-se lentamente, que não demora em receber um tiro na cabeça. O atirador em rápida aparição exclama: "O barco já pode ir, avise a tripulação", entram os créditos com a ótima e marcante trilha sonora, típica em filmes italianos. Pouco antes dos sete minutos de filme, podemos ver explicitamente o primeiro zumbi de Fulci, afinal a tripulação do barco citado anteriormente é morta e resta apenas um morto esfomeado a bordo, que ataca os policias que haviam entrado para investigar o suposto barco fantasma que navega na costa de Nova York.
Após o incidente com o barco somos apresentados aos protagonistas: Peter West (Ian McCulloch) como o jornalista designado a investigar o acontecido no barco e Anne Bowles (Tisa Farrow, irmã de Mia Farrow - a Rosemary) que também está por ali tentando descobrir o paradeiro de seu pai, o proprietário da embarcação. Ao descobrir que seu pai contraiu uma doença nas Antilhas, ambos resolvem partir para a ilha, pegando carona com outro casal, Susan e Brian.
É impossível falar de Zombie sem citar as duas cenas antológicas da película.
A primeira envolve Susan, que durante a viagem decide dar um mergulho, usando o mínimo de roupa possível. Leia-se: é bom nadar apenas de calcinha pequena, touca e pés de pato. Porém durante seu mergulho quase é atacada por um tubarão, mas ao esconder-se do peixão quase é devorada por um zumbi que vivia ali no fundo do mar. Só vendo para acreditar, Susan consegue escapar do morto, e aí: FIGHT - Zumbi X Tubarão. Quem sairá vivo do combate do século? Isso sim é originalidade. Quantas vezes você já viu zumbis no fundo do mar? Só tenho pena pelo tempo que talvez ficou ali esperando uma vítima. E em aspectos técnicos, toda a cena é muito bem feita, pobre do ator zumbi que luta sem respirar.
A segunda cena imperdível envolve a lindíssima Paola, esposa do médico que atirou no zumbi lá no início, que após seu banho tem a casa invadida por mortos. Depois de ser perseguida, um dos mortos consegue quebrar a porta do cômodo que esconde Paola e pegá-la pelos cabelos, trazendo para perto de si. Temos aí uma das cenas mais pungentes e aflitivas de todos os tempos, lentamente o zumbi vai puxando a mulher para as lascas de madeira da porta quebrada, que vai entrando no olho da mesma, não conseguindo desvincilhar-se.
Certamente grande parte do mérito de Zombie cabe-se ao maquiador Giannetto de Rossi, que criou mortos memoráveis, com efeitos gores na última escala. De Rossi trabalharia outras duas vezes com Fulci, em The Beyond e A Casa do Cemitério. Algo que realmente me faz perguntar, quem seria o verdadeiro Pai do Gore? Você poderá ver o trabalho de Rossi no recente filme francês Alta Tensão de Alexandre Aja.
Quando lançado em VHS no Brasil recebeu o título de Zombi 2, como já cometei a confusão de nomes por aqui. Felizmente essa pérola foi relançada em DVD por aqui pelo selo Dark Side da Works, e com sorte você ainda o encontra a preço acessível poi aí!
Uma curiosidade é que Lucio Fulci aparece no filme, lá pelos nove minutos de projeção, interpretando o editor do jornal onde West trabalha.
É possível resumir Zombie em poucas palavras, como sendo imperdível e obrigatório! Poucas vezes os mortos se mostraram de maneira tão mortal e com um perfeito final.
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É possível resumir Zombie em poucas palavras, como sendo imperdível e obrigatório! Poucas vezes os mortos se mostraram de maneira tão mortal e com um perfeito final.
Uma moça acompanhada
por um repórter americano, parte para uma pequena ilha tropical à
procura de seu pai, desaparecido misteriosamente. Quando chegam ao
local, descobrem que ailha está infestada por zumbis canibais que
devorarm os últimos habitantes, Uma insana luta pela sobrevivência
no cenário caótico tem início, quando defuntos putrefatos atacam
os vivos, em algumas cenas mais impressionantes e repugnantes do
cinema de horror italiano.
Título: Zombie
Título no Brasil: Zombi 2 e Zombie - A volta dos Mortos
País de origem: Itália
Gênero: terror
Duração: 91 minutos
Ano: 1979
Direção: Lucio Fulci
Elisa Briganti e Dardano Sacchetti
Produção: Ugo Tucci e Fabrizio de Angelis
Elenco:
Tisa Farrow ... Anne Bowles
Ian McCulloch ... Peter West
Richard Johnson ... Dr. David Menard
Tisa Farrow ... Anne Bowles
Ian McCulloch ... Peter West
Richard Johnson ... Dr. David Menard
Al Cliver ... Brian
Hull
Auretta Gay ... Susan
Barrett
Stefania D'Amario ...
Menard's Nurse
Olga Karlatos ...
Paola Menard
Faltam 4 dias.
A cena da luta do zumbi e do tubarão não pode ser descrita em palavras, é a magia do cinema em seu estado mais puro. Melhor filme do Fulci, disparado. E melhor filme de zumbis italiano também.
ResponderExcluirMuito fera teu blog, Cíntia, meus parabéns menina, manda muito bem!!! Amo demais filmes de terror, melhor nostalgia da infância!!!
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