sábado, 15 de setembro de 2012

Tod Slaughter

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Ele não é um dos grandes monstros do cinema de horror, os quais estamos acostumados a ver nas listas de mais importantes para o gênero, mas com certeza merece ser lembrado.

Nascido Norman Carter Slaughter, (cujo o próprio sobrenome significa abate/assassino) em 19 março de 1885, em Northumberland, na Inglaterra. Morreu dia 19 de fevereiro de 1956, aos 70 anos, tendo atuado até os últimos dias de sua vida.




Atuou fortemente entre os anos 1905 e 1956, nos palcos de teatro, cinema e televisão.
Ficou conhecido por interpretar maníacos em adaptações de filmes macabros e melodramas da era vitoriana. 

História

Filho mais velho de 12 irmãos, iniciou sua carreira em 1905 nos palcos de teatro da Inglaterra. Em 1913, tornou-se arrendatário dos teatros hipódromo em Richmond e Croydon. Depois de uma breve interrupção para servir durante a I Guerra Mundial, Slaughter retomou sua carreira e voltou para o palco. Onde raramente interpretava vilões.

No inicio da década de 20, seu teatro passou por anos memoráveis com várias adaptações bem sucedidas entre elas: Maria Marten, Sweeney Todd, Jack Sheppard e The Silver King. Apesar de um protesto local, o Elephant and Castle Teatro foi fechado em 1927, e a Slaughter's Company começou a decair.

Foi em 1925 que adotou o nome artístico Tod Slaughter, mas seus papéis principais ainda tinham caráter heróico.

Finalmente encontrou sua verdadeira vocação quando, em 1931, no Teatro Novo - Londres, interpretava o pirata Long John Silver em Ilha do Tesouro durante o dia, e “Murderer And Body Snatcher William Hare” a noite. Pouco tempo depois, foi a vez de Sweeney Todd, o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. Finalmente com os vilões ator e papel tinha encontrado.
Em 1934, aos 49 anos, Slaughter inicia sua carreira no cinema. Normalmente escalado como um vilão, seu primeiro filme foi “Maria Marten” ou “Murder in the Red Barn” (1935) um melodrama vitoriano barato com Slaughter como vilão. Seu próximo filme foi como Sweeney Todd em “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (1936), dirigido e produzido por George King, cuja parceria continuou nos filmes subseqüentes: "The Crimes of Stephen Hawke" (1936), "It's Never Too Late To Mend" (1937), "The Ticket of Leave Man" (1938), "The Face at the Window" (1939) e "Crimes at the Dark House" (1940). Durante a Segunda Guerra Mundial, Slaughter estava interpretando nos palcos Jack, o Estripador, Landru e Dr. Jekyll e Mr. Hyde.

Após a guerra, Slaughter retornou papéis melodramáticos e atuou em “The Curse of the Wraydons” (1946) e “The Greed of William Hart” (1948), baseado na história dos assassinos e ladrões de cadáveres Burke e Hart.

No início dos anos 1950, Slaughter apareceu como o vilão em dois filmes de crime “King of the Underworld” (1952) e “Murder at Scotland Yard” (1953). No entanto, o apetite do público para o melodrama parecia ter diminuindo e o declínio inevitável, indo à falência em 1953. Porém continuou a atuar em produções teatrais. Uma versão do Spring-Heeled Jack, estrelado por Tod foi uma das primeiras exibições da TV ao vivo, montado pela BBC depois da guerra. Ainda interpretando no palco quase até o fim, Slaughter morreu de trombose coronária. 

Depois de sua morte, após uma performance de Maria Marten em Derby, sendo socorrido por sua mulher, a atriz Jenny Lynn; seu trabalho passou quase completamente à obscuridade. Afinal para os críticos, preferindo a naturalidade, esqueceram do quão divertidos são os filmes de Slaughter, o quanto a sua teatralidade exagerada fez ótimos e inesquecíveis vilões.

E no Brasil? 
  
Felizmente o saudoso selo Darkside, da Worksdvd, lançou os quatro principais filmes de Slaughter. Apesar da edição barata e de pouca qualidade, com a arte de capa um pouco duvidosa, dois filmes em um único disco, certamente é melhor tê-los, do que nunca ter conhecido "Tod Slaughter, o primeiríssimo astro inglês dos filmes de horror. O vilão impiedoso esfrega as mãos, gargalha diabolicamente e esbofeteia criança em sua saborosa caracterização como o lendário barbeiro com tendências canibais". - segundo a sinopse do disco.

Disco 1:
"O Diabólico Barbeiro de Londres" - 1936
"Um vulto na janela" - 1939

Disco 2:
"O Maquiavélico William Hart" - 1948
 "Crime na Mansão Sombria" - 1940 
 




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Montado na Bala (Riding the Bullet) - 2004


Todos sabemos que filmes baseados na obra do Mestre Stephen King são uma incógnita, pois já tivemos algumas ótimas experiências e também terríveis decepções.
Quando peguei o dvd de Montado na Bala, realmente fiquei em dúvida se valeria a pena aquele investimento, além disso, a descrição não ajudava muito, em uma citação dizia:

"Tão bom quanto qualquer filme de Stephen King",
isso abre um leque de possibilidades, afinal, como assim "qualquer filme"?
Será tão bom quanto Pânico Virtual?
Será tão bom quanto o Apanhador de Sonhos?
Será que o cara que fez a citação era tão irônico quanto eu?

Na realidade Montado na Bala é um autêntico Stephen King, quase me senti lendo um de seus contos ao assistir o filme. Já li muitas críticas negativas em relação ao filme. Com certeza ele não agrada a todos, se você espera um filme metido a moderninho isso é o que você não vai encontrar. Agora se você procura diversão terá belas surpresas ao ver um legítimo King na tela.



Certamente parte da culpa do filme superar espectativas é do diretor Mick Garris, já acostumado a trabalhar com o escritor do Maine; ele também é responsável pelas adaptações de O Iluminado - 1997, Dança da Morte, Sonâmbulos, entre outras. Garris é a cabeça pensante por trás da série Mestres do Terror, portanto dispensa maiores apresentações.



Além disso, dá para brincar de achar referências durante os 99 minutos de projeção, com direito a uma quase Christine e um "They're coming to get you, Barbara".

O cara lá da citação não foi irônico, só escolheu errado as suas palavras, Montado na Bala não é tão bom quanto "qualquer filme" é tão bom quanto  "Vôo Noturno" e "Cemitério Maldito" - fica a dica!

Ficha Técnica:

Sinopse: Numa estrada onde tudo parece acontecer, em uma noite que parece nunca acabar, está Alan. Depois de tentar suicídio por cauda da namorada que o deixou, Alan recebe um aviso que sua mãe sofreu um derrame e está no hospital. Perdido na estrada e na vida, ele sai à procura de carona para visitá-la. E como um castigo para seus desvios, realidade e fantasia se confundem numa cilada mortal. Ele só precisa escolher quem irá morrer.
Título no Brasil:  Montado na Bala
Título Original:  Riding the Bullet
País de Origem:  EUA / Alemanha / Canadá
Gênero:  Terror
Tempo de Duração: 98 minutos
Ano de Lançamento:  2004 
Distribuição:  Imagem Filmes
Direção, roteiro e produção: Mick Garris
Escrito por: Stephen King 
Jonathan Jackson ... Alan Parker
David Arquette ... George Staub
Cliff Robertson ... Farmer
Barbara Hershey ... Jean Parker
Erika Christensen ... Jessica Hadley
Barry W. Levy ... Julian Parker
Jackson Warris ... Alan - Age 6
Jeffrey Ballard ... Alan - Age 12
Peter LaCroix ... Mature Alan
Chris Gauthier ... Hector Passmore
Robin Nielsen ... Archie Howard
Matt Frewer ... Sr. Clarkson
Simon Webb ... Grim Reaper
Keith Dallas ... Orderly
Danielle Dunn-Morris ... Sra. Janey McCurdy





Quem é ela?



Olhando alguns cartazes de filmes antigos, me deparei com esta mocinha, e me perguntei: Quem é ela?

Analisei um pouco, e claro! Ficou fácil! Quem nunca viu a pobre moça deitada na beira da “Lagoa Negra” sem saber muito bem o que estava chegando cada vez mais perto.

Ali está ela:




Pera aí?
Loira? Morena?
Tem certeza que é a mesma?
Claro! Olha a roupa de banho, olha as mãos, o olhar apavorado.

Não, com certeza não é a mesma moça, não é o mesmo filme.

Na verdade a moça acima chama-se Norma Eberhardt (08/07/1929 - 16/09/2011) e a imagem em questão pertence ao filme The Return of Dracula - 1958.




Porem é inegável a semelhança das mocinhas, certamente Monstro da Lagoa Negra - 1954, fez escola já que foi produzido quatro anos antes.
De qualquer maneira, é ótimo ver estes pôsteres e estas mocinhas assustadas.

Ou mesmo não tão assustadas:




Obs.: O filme The Return of Dracula acredito não ter sido lançado no Brasil, ao menos não em DVD, se alguém souber se foi em VHS, fico grata pela informação.