quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Box TERROR VHS


Algumas coisas realmente merecem ser compartilhadas, é o caso da caprichada edição que a DarkSide está lançando dos livros Evil Dead e O Massacre da Serra Elétrica.

Trazendo a nostalgia do VHS ocupando espaço em sua prateleira, o box limitado em formato de fita reúne dois livros das Coleção Dissecando que traz clássicos do terror. Na já citada embalagem cheia de estilo, contendo algumas surpresas para os fãs dos caras que sabem usar uma motosserra.

Segundo a editora:
O Massacre da Serra Elétrica faz uma verdadeira anatomia do clássico de Tobe Hopper, de 1974, apresenta pela primeira vez o making of e a história completa da série, e inclui um prefácio do próprio Leatherface (Gunnar Hansen), fotografias raras, inéditas e muito mais. Aumente o volume de sua serra elétrica e disseque este clássico que ajudou a formar muitos diretores da nova geração.

Evil Dead (1981), lançado originalmente no Brasil como A Morte do Demônio, foi escrito e dirigido por Sam Raimi, diretor mais conhecido pela primeira trilogia do Homem-Aranha (2002, 2004 e 2007). Raimi é responsável pela refilmagem deste clássico que une horror e comédia lançado em 2013, tendo escrito o roteiro e cuidando da produção executiva, e também diretor da nova versão dark de O Mágico de Oz (Disney).

Confere o trailer:


Uma edição que realmente merece ser conferida, afinal nada melhor que guarda um clássico no formato original.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Noites de Terror (Tobe Hooper's Night Terrors) - 1993



Há muitos anos, mais precisamente lá por 1996, ia eu em uma locadora quando me deparei com a chamativa fita de Noites de Terror, com o esplendoroso monstro com cobras saindo pelas bocas, que a propósito também eram seus olhos, além de anunciar que era do mesmo diretor de Poltergeist e d'A Hora do Pesadelo, - que na época, desinformada, acreditei e logo explico o porquê. É claro que não era permitido uma menina de 10 anos levar para casa a escabrosa fita e nem tive coragem de pedir para o meu pai.

A infame fita e seu monstro diabólico perseguiram minha imaginação por muitos anos, pensando quão bom poderia ser o tal filme. Eis que o mundo dá voltas e a poucos dias meu namorado encontrou o tal VHS em um sebo, e finalmente eu poderia saciar o anseio de longa data. Vi o filme, e aqui estão as minhas percepções.

O filme realmente é um pesadelo, e não no sentido bom que esta palavra se aplicaria quando estamos falando de um filme de terror. Começando com a capa nacional que mencionei anteriormente que traz essa bagunça apelativa, afinal o Poltergeist é do Tobe Hooper, mas A Hora do Pesadelo é do Wes Craven. Não seria necessário mentir, se o negócio era chamar a atenção, usasse que Hooper é o responsável pelo fatídico Massacre da Serra Elétrica, o filme proibido em não sei quantos países. Robert Englund sim, é o astro da Hora do Pesadelo, com seu marcante Freddy Krueger passando suas garras em corpos desnudos de mocinhas inocentes. A parceria de Hooper e Englund não começa e também não termina por aqui, repetindo-se várias vezes, inclusive em um episódio da série Freddy's Nightmares.  

Mas indo direto para as tais Noites de Terror, o filme conta a história, aliás, tenta contar a história. Na verdade o filme não conta história nenhuma. No início, ele te joga na cara um Robert Englund vestido como uma puta velha que seria o Marquês de Sade, preso em um calabouço sendo torturado, numa interpretação desinteressada que tu não chega a conclusão se a tortura é boa ou ruim.



Corta para os tempos atuais, na cidade de Alexandria no Egito, onde um cara reza para agradecer a chegada de sua filha Genie (Zoe Trilling), a protagonista do filme. O filme mostra que a guria ficou seis meses fora e parece que a vida do pai mudou drasticamente, virou um fanático religioso extremamente chato, que todas as vezes que aparece consegue se superar no quesito irritante.
Atenção início do SPOILER, apesar de ser impertinente tu até tenta relevar o pai arqueólogo da guria, pensando que ele vai ter uma grande importância para o filme, como por exemplo salvar a filha. Mas não, ele morre de maneira boba, quando encontra uma velha arca e antes que possa nos revelar o conteúdo, alguém aparece e passa uma faquinha em seu pescoço, assim, sem relevância nenhuma. Um fato que te deixa revoltado por aturá-lo e ele ser tão descartável. Fim do SPOILER.

Genie, a mocinha do filme, tá afim é de zoar pelas ruas egípcias e em um desses passeios é atacada por homens locais, sendo salva por Sabina. A mulher misteriosa é quem lhe apresentará uma vida de excessos e luxúria, além de emprestar um livro do obsceno Marquês de Sade, que neste momento ninguém lembrava que ele também participava do filme.


Enfim, a protagonista conhece Mahmoud, um enigmático cavaleiro do deserto e acaba se relacionando com ele, com direito a uma musiquinha de cine privê e intensos gemidos, apesar de Genie se conservar de boca fechada. - hahaha.

Pausa mais uma vez, para comentar uma das cenas mais desnecessárias que já vi em um filme, não se sabe porquê cargas d'águas, mas exatamente aos 38 minutos de filme, Mahmoud aparece andando a cavalo na beira da praia totalmente pelado, lustro de óleo e pau duro. - hahaha - Todos já vimos muita nudez feminina para atrair público, mas sinceramente não sei no que Hooper tava pensando, ou usando, se a ideia era atrair o público feminino com o belo corpo do rapaz, não creio que deu muito certo.

Talvez durante os 98 minutos de filme há uma ou duas cenas interessantes, quando a protagonista em seus pesadelos confunde realidade e fantasia, em cenas certamente inspiradas na Hora do Pesadelo, tanto, que se um desavisado pegar o filme na parte onde Englund persegue a mocinha no beco escuro com um instrumento bastante afiado, é impossível não associar ao vilão de cara queimada e blusa natalina.



Para continuar a bagunça, Englund aparece nos tempos atuais para matar Genie, mas não se explica se seria o próprio Sade, uma reencarnação, um espírito ou o Freddy Krueger. Há poucas mortes, uma trilha sonora entediante, a maquiagem é tosca, ou seja, nada funciona. 

O filme é uma porcaria desnecessária, sem pé nem cabeça, com um roteiro desconexo e ininteligível. Difícil imaginar como o cara que criou um dos melhores filmes de terror de todos os tempos tenha concebido tamanha barbárie e não adianta citar que certamente ele tinha um baixo orçamento, pois Hooper é o responsável por nos mostrar que não é dinheiro que cria originalidade e boas histórias. 

Na verdade, é impossível não se questionar sobre a competência de Hooper, afinal sua obra é tão oscilante, passando pelo incríveis, já citado Massacre... (1974), Salem's Lot (1979), Pague Para Entrar Reze Para Sair (1981) colocando-o a altura dos grandes mestres do terror. É difícil acreditar ser o mesmo desse Noites de Terror e o chatíssimo Dança da Morte (2005), também com Englund. Sem esquecer Poltergeist (1982), que me parece ter muito mais o dedo do Steven Spielberg.

E o monstro da capa? Aquele bicho tri, que perturbou minha mente ao longo desses anos? Bom, ele não dá as caras no filme. Acredite, não há o bichão! O interessante trabalho de maquiagem e composição não foi aproveitado. Bom, ao menos não neste filme .

Se alguém ainda se interessar, o filme está disponível com legendas na íntegra no youtube, Clicando neste link :)

A capa nacional com todos os seus atrativos:



Ficha técnica:
Sinopse:
Quando decidiu visitar seu pai, no Egito, a jovem americana Eugenie Matteson (Zoe Trilling) não imaginou a terra exótica e misteriosa que iria encontrar. Interessada na literatura do infâme e sádico Marquês de Sade (Robert Englund, de A Hora do Pesadelo), Eugenie acaba se envolvendo em um perigosos jogo de sedução, conduzida por estranhos parceiros a novas experiências de prazer e dor pelo submundo escuro da fascinante cidade de Alexandria, um lugar cheio de surpresas e tentações... que podem destruir sua vida. Um filme sensual e arrepiante do diretor Tobe Hooper.
Título no Brasil: Noites de Terror
Título Original: Tobe Hooper's Night Terrors
País de produção: Estados Unidos / Canadá
Gênero: Terror
Duração: 98 minutos
Direção: Tobe Hooper
Produção: Yoram Globus, Christopher Pearc, Harry Alan Towers
Roteiro: Rom Globus, Daniel Matmor
Elenco:
Robert Englund ... Marquês de Sade / Paul Chevaller
Zoe Trilling ... Genie
Alona Kimhi ... Sabina
Juliano Mer-Khamis ... Mahmoud
Chandra West ... Beth
William Finley ... Dr. Matteson
Irit Sheleg ... Fatima
Niv Cohen ... Chuck
Doron Barbi ... Ali
David Menachem ... Arab Market Hustler
Jonathan Cherchi ... Arab Market Hustler
Howard Ripp ... Harry, Matteson's Assistant
Zachi Noy ... Chuck's Father
Ya'ackov Banai ... Chevalier's Servant
Joel Drori ... Chevalier's Servant

sábado, 26 de julho de 2014

ROGER CORMAN no Brasil

Roger Corman é sem dúvida um dos nomes de maior peso no cinema de gênero. Não é a toa que é considerado o pai dos Filmes B. Segundo o site IMDb, Corman produziu mais de 400 filmes e dirigiu mais de 50, uma lenda viva com seus 88 anos de idade, o grande responsável por você conhecer Jack Nicholson e exaltar as adaptações de Poe com o grande Vincent Price.



E certamente a notícia que vem nos deixar em êxtase é a vinda de Corman ao Brasil, mais precisamente no Halloween deste 2014, em Curitiba, na maratona de filmes de terror intitulada Madrugada Sangrenta.

A princípio serão três dias de programação entre os dias 31 de outubro a 2 de novembro. No dia 04 de agosto a programação completa e mais informações sobre o evento estarão disponíveis no site da Moro Filmes - http://morofilmes.com.

Procurando pelo vasto mundo da Internet, encontrei que Corman esteve por essas plagas em 1994 em uma mostra em São Paulo e nenhuma informação sobre esses 20 anos de ausência em nosso país (se alguém tiver informações precisas sobre isso, fico grata pela contribuição e correção ;).
Então é bom ir se preparando, juntando o dinheiro pras passagens desta vez, porquê se ele resolver retornar apenas em 2034, não sei não...


quinta-feira, 17 de julho de 2014

DVD - OBRAS-PRIMAS DO TERROR


Já está em pré venda em alguns sites a caixa "Obras-primas do Terror", que reúne seis filmes produzidos entre as décadas de 1940 e 1960 e estrelados por atores como Vincent Price, Bela Lugosi, Christopher Lee e Boris Karloff.

No formato já conhecido da Versátil, em caixinha digistack com três dvds, seis filmes e o preço meio tabelado de R$69,90. Além do capricho que a Versátil demonstra em suas edições, o mais interessante são os filmes que este lançamento traz, clássicos absolutos do terror, com presença dos grandes mestres, como Mario Bava e Roger Corman.

DISCO 1:
"O Chicote e o Corpo" ("La frusta e il corpo", 1963)
De Mario Bava. Com Christopher Lee e Daliah Lavi. 
No século XIX, um nobre sádico aterroriza os membros de sua família. Ele é encontrado morto, mas seu fantasma retorna para assombrar os residentes de seu castelo. Obra-prima do italiano Mario Bava.

"A Orgia da Morte" ("The masque of the red death", 1964) 
De Roger Corman. Com Vincent Price e Jane Asher. 
O príncipe Prospero vive enclausurado em seu castelo, enquanto a Peste devasta seus domínios. Adaptação de "A máscara da morte rubra", de Edgar Allan Poe, este é o melhor dos célebres filmes de Roger Corman ("O Corvo") dedicados à obra do escritor.

DISCO 2:
"O Túmulo Vazio" ("The body snatcher", 1945)
De Robert Wise. Com Bela Lugosi, Boris Karloff e Henry Daniell.
Boris Karloff e Bela Lugosi fazem de tudo, até matar, para fornecer cadáveres para as experiências de um médico. Clássico do lendário produtor Val Lewton, adaptado de um conto de Robert Louis Stevenson ("O médico e o monstro").

"Na Solidão da Noite" ("Dead of night", 1945)
De Alberto Cavalcanti e outros. Com Michael Redgrave e Mervyn Johns. 
Um arquiteto que sofre com pesadelos constantes é convidado a passar um fim de semana no campo. Ao chegar lá, encontra as pessoas de seus pesadelos, que começam a lhe contar histórias horripilantes. Um dos maiores clássicos ingleses.

DISCO 3:

"A Noite do Demônio" ("Night of the demon", 1957)
De Jacques Tourneur. Com Dana Andrews e Peggy Cummings.
Uma série de estranhas mortes acontece quando um psicólogo americano viaja para um congresso em Londres, para desmascarar o líder de uma seita demoníaca. Uma das obras-primas de Jacques Tourneur ("Sangue de Pantera"), um dos mestres do fantástico.

"A Aldeia dos Amaldiçoados" ("Village of the damned", 1960)
De Wolf Rilla. Com George Sanders e Barbara Shelley.
Em uma cidade da Inglaterra todos, de forma inexplicável, desmaiam por algumas horas. Meses depois, as mulheres ficam grávidas. Mas a crianças que nascem demonstram ter estranhos poderes. Cult-movie refilmado por John Carpenter em 1995.

Disponível a partir de 06/08/2014.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

X Fantaspoa


E lá vem a décima edição do Fantaspoa, o festival de cinema mais legal que ocorre por essas bandas - e olha que eu moro pertinho de Gramado - haha.

Não é de hoje que eu acompanho o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, que sempre traz coisas bacanas. Sendo certamente o momento mais aguardado a divulgação dos homenageados, que já trouxeram nomes como José  Mojica Marins, Lamberto Bava, Stuart Gordon, Luigi Cozzi, Ruggero Deotato, Claúdio Simonetti, apenas para citar alguns dos confirmados e entender a grandeza do evento.

Este ano o Festival ocorre entre os dias 09 a 25 de maio e trará 40 convidados de mais de 10 países.

Já a Mostra Homenageados, contará o diretor, roteirista e pesquisador de cinema norte-americano Frank Henelotter, o músico britânico Simon Boswell e o diretor, roteirista, produtor, ator, escritor e empresário Lloyd Kaufman - famoso cara da Troma  Filmes, que irá ministrar o curso "Faça o seu maldito filme".
 


O cartaz da edição 2014 foi criado por Ron Selistre.




segunda-feira, 24 de março de 2014

Livro - King of Thorns

E o próximo lançamento da nossa parceira DarkSide Books, já está definido. É a aguardada continuação da Trilogia dos Espinhos, King of Thorns.

Olha que capa bacana.
Logo em pré venda.


terça-feira, 18 de março de 2014

O Pássaro das Plumas de Cristal (L'uccello dalle Piume di Cristallo) - 1970




Bom, Dario Argento é um dos meus diretores favoritos, se não O Favorito. 
O mestre do Giallo, dos assassinos de luvas pretas com suas afiadas navalhas, matando inocentes mulheres da maneira mais violenta possível. Pessoas comuns investigando e atraindo para si o assassino. Os closes de desespero, os minuciosos detalhes. Uma trama inteligente com um roteiro sempre surpreendente – e não pense que os finais imprevisíveis são características atuais. Tudo isso faz um Giallo. 

O Pássaro... é o primeiro filme de Argento e já mostra a que o diretor veio.

O filme tem início com o escritor americano Sam Dalmas na Itália, prestes a voltar ao seu país de origem, quando testemunha uma tentativa de homicídio.  Como o próprio local sugere, uma galeria de arte, Argento consegue compor uma espécie de quadro. Em uma cena angustiante e belíssima, é impossível não associar estar assistindo a uma vitrine de assassinato.

O que mais chama a atenção é que em alguns filmes de Argento toda a trama poderia ser solucionada logo nos primeiros frames, mas é tão bem conduzido, que o óbvio se torna questionável. 

Ao longo do filme vamos acompanhar o escritor, impedido de retornar ao lar, fazendo o trabalho da polícia, investigando os assassinatos que não param de acontecer. Sendo ameaçado e perseguido pelo assassino vestido de couro. Até a culminância do final jamais imaginado. 

Quem conhece outros trabalhos do diretor, vai perceber que aqui ele criou todo o padrão de Giallo que seguiria em seus próximos filmes. Nos mesmos moldes, o perfeito Profondo Rosso, segue basicamente a mesma ideia, inclusive com alguns personagens bastante similares.

Este é o filme que inicia a conhecida 'Trilogia dos Animais' de Argento, seguido por O gato de Nove Caudas (1971) e finalizado por Quatro Moscas no Veludo Cinza (1971). E antes que você se pergunte, os nomes têm sim relação com os filmes, tanto que neste, apesar da singela participação do tal pássaro de cristal, ele é de essencial importância para a solução dos assassinatos.

Infelizmente a edição nacional em dvd, cara e pobre da Silver Screen, peca ao anunciar que o filme possui áudio original em italiano, sendo que a única opção que se encontra é a dublada em inglês. Lamentável.

E para quem acha antológica a cena do banheiro do Iluminado (1980), não quero dizer nada, mas acho que Stanley Kubrick andou assistindo este Argento. Espia lá, e tenta não associar! ;)



Ficha técnica:
Sinopse: 
O escritor americano Sam Dalmas (Tony Musante), que vive em Roma, testemunha uma bela mulher sendo atacada por uma figura misteriosa - provavelmente a responsável por vários assassinatos que estão acontecendo na cidade. Como a polícia não resolve o caso, ele parte para investigar os crimes por conta própria. 
Título no Brasil: O Pássaro das Plumas de Cristal
Título original: L'uccello dalle Piume di Cristallo
País de origem: Itália / Alemanha
Gênero: Suspense, terror
Duração: 91 min (dvd nacional)
Lançamento: 19 de Fevereiro de 1970 ( Mundial )
Direção: Dario Argento
Roteiro:  Dario Argento, Bryan Edgar Wallace
Música: Ennio Morricone
Elenco (por ordem alfabética):
Annamaria Spogli... Sandra Roversi, 3rd Victima
Bruno Erba... Police Detective
Carla Mancini... Girl watching TV
Dario Argento... Murderer's Hands
Enrico Maria Salerno... Inspector Morosini
Eva Renzi... Monica Ranieri
Fulvio Mingozzi... Police Detective
Gildo Di Marco... Garullo
Giovanni Di Benedetto... Professor Rinaldi
Giuseppe Castellano... Monti
Karen Valenti... Tina, 5th Victim
Maria Tedeschi... Old Lady in Fog
Mario Adorf... Berto Consalvi
Omar Bonaro... Police Detective
Pino Patti... Faiena
Reggie Nalder... Needles, Yellow Jacket Assassin
Renato Romano... Professor Carlo Dover
Rosita Torosh... 4th Victim
Suzy Kendall... Julia
Tony Musante... Sam Dalmas
Umberto Raho... Alberto Ranieri
Werner Peters... Antique Dealer

segunda-feira, 3 de março de 2014

Livro: A Noite dos Mortos Vivos


É março, e finalmente pra nós, ávidos fãs que se alimentam de horror, chega na pré-venda o primeiro lançamento de 2014 da Editora DarkSide, aquela que "simplesmente" é a 1ª editora do Brasil inteiramente dedicada ao terror e à fantasia.
E o livro da vez sai diretamente da tumba, ergue-se de forma aterrorizante e certamente vai tomar espaço em sua cabeceira. Um único conselho: cuidado ao ser abocanhado, porque estamos falando do clássico absoluto A Noite dos Mortos Vivos.

O marco fundamental na história dos mortos. O divisor de águas. O criador de um subgênero. Parafraseando o que eu já escrevi por aqui,  adjetivos não faltam quando falamos do primeiro filme que mostrou pessoas mortas, que voltaram a vida e agora perseguem até mesmo seus entes queridos em busca de carne humana.

Na verdade quando George A. Romero, ainda estudante de cinema, e o amigo John Russo juntaram-se e escreveram em quatro mãos o roteiro de The Night of the Living Dead certamente não sabiam o que iriam desencadear, literalmente foram capaz de criar um monstro ou se preferir toda uma epidemia. 

John Russo adaptou a história do filme neste romance que a DarkSide® traz para o Brasil, em comemoração aos 45 anos do filme. O livro A Noite dos Mortos-Vivos inclui ainda uma surpresa para os leitores: o texto integral da sequência do clássico, que nunca chegou a ser filmada, chamada de A Volta dos Mortos-Vivos (mas não confunda com o divertidíssimo The Return of the Living Dead de 1985, apesar de Russo também ser um dos roteiristas).

Classic Edition
Limited Edition

Isso mesmo: são dois romances de John Russo no mesmo volume. \o/

E como já conhecido pelos fãs da editora, a obra sai em duas edições: a Limited Edition, em capa dura e a Classic Edition, em brochura e preço mais acessível. Ambas com o acabamento luxuoso como todas as edições da DarkSide®.




Totalmente indispensável para todos os fãs do gênero.


John Russo
JOHN RUSSO (1939) é escritor, roteirista e diretor, conhecido por sua participação na obra seminal de
George Romero A Noite dos Mortos-Vivos (1968). Escreveu os roteiros para Midnight (1982), filme que
também dirigiu; The Return of the Living Dead (1985) e Night of the Living Dead (1990). Atuou em pequenos papéis como ator, o mais conhecido deles com o zumbi não creditado do clássico de 1968. Seus livros de não ficção Making Movies e Scare Tactics são considerados Bíblias do cinema independente e reverenciados por nomes como Steven Spielberg, George Lucas, Stephen King e Quentin Tarantino.

Ficha Técnica
Título | A Noite dos Mortos-Vivos
Autor | John Russo
Tradutor | Lucas Magdiel
Editora | DarkSide®
Edição | 1ª
Idioma | Português
Especificações | 320 páginas (estimadas)
Dimensões | 14 x 21 cm
ISBN | 978-85-66636-20-8 (Capa Dura) | 978-85-66636-21-5 (Brochura)
Lançamento | Março de 2014 

Mais informações vc@darksidebooks.com | www.darksidebooks.com.
Nós apostamos no escuro!

domingo, 2 de março de 2014

Quando Eu Era Vivo - 2014


Que o cinema nacional vem crescendo nos últimos anos não é novidade para ninguém, afinal desde a lei que obriga os cinemas a exibirem uma certa quantidade de filmes nacionais por ano (mesmo não sendo uma nova lei, parece estar sendo mais levada a sério), estamos tendo mais filmes de qualidade que atingem o grande público e o melhor disso tudo é que o cinema de gênero vem pegando carona e surgindo inclusive com maior profissionalismo. 

Quando Eu Era Vivo é um ótimo exemplo de tudo que citei acima, baseado no livro de Lourenço Mutarelli, "A Arte de Produzir Efeito Sem Causa", o filme tem cara de blockbuster, com seus atores famosos, atingindo o circuito comercial e interessantemente cumpre a sua promessa de suspense. Talvez o maior mérito do filme é o da sugestão, você espera que algo esteja escondido nas sombras, cria-se grande expectativa, mas desista, isso não lhe é mostrado.



A verdade é que você fica se perguntando o tempo todo quem está morto e quem está vivo, e não consegue chegar a conclusão nenhuma. É claro que há semelhanças com os filmes de fantasmas estrangeiros, mas com algumas particularidades brasileiras com direito a sal grosso e arruda, e positivamente sem os vultos passando de fundo.

Algumas cenas são muito bem construídas e a fotografia milimetricamente pensada me agradou bastante. O filme basicamente se passa dentro do apartamento dos protagonistas criando um clima claustrofóbico, que condiz com a situação vivida pelo personagens. Sem contar que a trilha sonora contribui muito para a atmosfera inquietante.

E o destaque fica mesmo com o protagonista Marat Descartes, que interpreta o filho pródigo que retorna ao lar. Júnior (Descartes), ao longo do filme vai surtando, tornando-se perturbado de uma maneira tão densa que sua loucura quase se torna palpável, tentando acertar e entender as pendências do passado.


Uma lástima é Antônio Fagundes sendo desperdiçado em uma porção de novelas vazias, sendo que aqui tem a oportunidade de mostrar o bom ator que é. Como pai de Junior, faz tudo que está ao seu alcance para ajudar o transtornado filho, de forma simples, porém convincente. 

Bom, em relação a Sandy, lamentavelmente é meio difícil largar-se do preconceito e ir vê-la sem que o esteriótipo cantora saia de sua cabeça, e infelizmente o filme não contribui para isso, afinal ela interpreta a estudante de música Bruna. Claro que há um porquê da personagem cantar, que enquadra-se muito bem a história do filme, mas Bruna canta tão profissionalmente, num estilo tão "Sandy e Júnior" de ser que incomoda, dando a impressão que foi uma condição ao fazer o filme, interpretar uma cantora e não mostrar o corpo. Pausa para o comentário de fã - você já um viu um horror sem um peitinho se quer? - pois é! Tem cena de banho da Sandy e a única coisa que é mostrada ao espectador é o barulho do chuveiro e uma janela sem nenhuma visão. 

Em resumo, Quando Eu Era Vivo é um bom filme. Um bom suspense, que traz momentos de tensão, com algum terror psicológico pairando no ar. Precisamos que o cinema nacional continue assim e que o fantástico seja cada vez mais levado a sério.
Uma pena é que possa ficar lembrado como "O Filme de terror da Sandy".

Assista o trailer:


Destaque para o satânico boneco do Fofão que aparece de fundo. Sim, ele está te vigiando!



Ficha técnica:
Sinopse: A história de Júnior (Marat Descartes), homem que retorna à casa do pai depois de perder o emprego e a mulher. Sem encontrar espaço no lar que antes também fora o seu, Júnior passa os dias no sofá do velho Sênior (Antônio Fagundes), remoendo a separação, o desemprego e pensando na jovem e sensual Bruna (Sandy Leah), inquilina de um cômodo do apartamento. Após encontrar objetos que remetem ao passado e à sua mãe, já morta, Júnior desenvolve uma obsessão pela história de sua família e entra numa espiral vertiginosa na qual realidade e delírio se confundem.
Título original: Quando Eu Era Vivo
Ano de lançamento: 2014
País de origem: Brasil
Gênero: Drama / Suspese
Duração: 108 minutos
Lançamento: 31 de janeiro de 2014
Direção: Marco Dutra
Produção: Rodrigo Texeira e Rapahael Mesquita
Roteiro: Marco Dutra e Gabriela Amaral Almeida
Elenco:
Antônio Fagundes... Sênior
Marat Descartes... Júnior
Sandy Leah... Bruna
Gilda Nomacce... Miranda
Kiko Bertholini... Pedro
Helena Albergaria... Olga
Rony Koren... Paulinho
Tuna Dwek... Lurdinha
Eduardo Gomes... Zuzu
Lilian Blanc... Enfermeira
Carlos Albergaria... Júnior (Criança)
Marc Libeskind... Pedro (Criança)
Carla Kinzo... Silmara
Caetano Gotardo... Silmar
Lourenço Mutarelli... Donato
Wilhelmina McFadden... Carol

sábado, 1 de março de 2014

Blog parceiro da DarkSide Books!



"Eles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele.
Dentro de nós, é sempre meia-noite. Gostamos do grotesco, do fantástico, do infame. Celebramos nosso lado sinistro com monstros em VHS, download de games, LPs tocados ao contrário. E, principalmente, com livros que ousamos folhear à luz de velas. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d' O terror. O terror. Você é um dos nossos."

Uhum, somos mesmo!

Olá pessoal!
É com muita alegria que venho anunciar que o Horror em Blog foi agraciado como um dos Blogs Parceiros da DarkSide® Books.

E para o Horror em Blog não poderia haver hora melhor para esta parceria acontecer, afinal vocês sabem o quanto zumbis são queridos por aqui, e por isso temos a honra de anunciar o novo lançamento da DarkSide...


Uhum, do nosso querido filme supremo de zumbis A Noite dos Mortos Vivos, mas logo eu volto para comentar mais sobre este lançamento. ;)

Se alguém anda meio desinformado, é ótimo saber que a DarkSide é a primeira editora brasileira inteiramente dedicada ao terror e à fantasia!
Para se ter uma ideia dos ótimos livros já lançados por eles dá uma olhadinho no site, clicando aqui.

Valeu DarkSide!
Afinal, eu aposto no escuro, e vocês queridos leitores?

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sombras do Noite (Dark Shadows) - 2012


Que Tim Burton é um ótimo diretor, é incontestável. A originalidade presente em suas obras é de fazer inveja a maioria dos realizadores atuais, em qualquer um de seus filmes é possível perceber a peculiaridade marcada pelo sombrio e bizarro. Sempre são contos de fadas, onde a princesa pode ser uma doida e nada frágil e o herói um desvirtuado, Misturado com o ambiente taciturno e fantasioso, criado por uma mente que certamente viu filmes demais. É notável que Tim Burton foi "estragado" ou "melhorado", como preferir, por suas influências. São os monstros clássicos da Universal ali, são os Ed Wood no melhor estilo B que estão em nossa tela, é a Hammer Filmes que se apresenta em clima, em sua melhor forma.

Dark Shadows, é baseado na série de Tv Americana de mesmo nome, criado por Dan Curtis, e exibida entre os anos de 1966 e 1971. Fã assumido da série, Tim Burton com a parceria de seu ator fetiche, Johnny Depp, nos apresenta a sua versão cinematográfica das Sombras Noturnas.

O filme gira em torno da família Collins, que em 1752 sai da Europa para os EUA, onde faz prosperar a cidade de Collinsport, no Maine, no ramo de vendas de peixes. Tudo vai indo perfeitamente bem com a família, até que seu filho Barnabas Collins (Johnny Depp) parte o coração de uma criada da casa, a bruxa Angelique (Eva Green), que não poupará esforços para destruir todos que rodeiam Barnabas. Menos ele, é claro, afinal em sua mente perversa, vai conquistar seu coração, transformando-o assim em vampiro e aprisionando-o em um caixão por dois séculos.

Chegando em 1972, somos inseridos novamente à família Collins, através de Victoria Winters (Bella Heathcote), uma garota estranha e um tanto misteriosa, que está indo trabalhar de tutora em Collinwood.

Sim, os Collins ainda existem, mas já não vivem seus anos de glória, falidos, são comandados pela matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer), a megera da casa, que chamou a psiquiatra Dr. Julia Hoffman (Helena Bonham Carter) para ajudar David (Gulliver McGrath), o menino que vê o fantasma de sua mãe. 

É claro que não vai demorar muito para que Barnabas seja tirado de seu sono quase eterno e ser apresentado aos seus bizarros descendentes, além de ter como meta fazer a família prosperar novamente nos 113 minutos que seguem.

Johnny Depp e seu cosplay de Zé Vampir da Turma do Penadinho

Para fãs dos anos setenta é meio que obrigatório ver Sombras da Noite, seja pela representação estética da época ou principalmente pela ótima trilha sonora. Com participação de Alice Cooper, o cara que canta o horror e assumido fã do gênero, com letras muito bem encaixadas no enredo do filme.

Além disso, não falta o clima gótico, com direito a névoas e tudo mais, assim como todos os filmes do diretor é visualmente impressionante. Algo que acrescenta muito no filme, são as situações cômicas vividas por Barnabas totalmente fora de sua época. E como na série, prepare-se para ver diversos tipos de monstros como fantasmas, lobisomens, bruxas e o já citado vampiro.

Decididamente não é o melhor Tim Burton, aliás está bem longe disso, mas vale a diversão.

De bônus ainda podemos ver a lenda Christopher Lee, e como eu li em algum lugar por aí, segundo Johnny Depp foi emocionante ter a oportunidade de hipnotizar o eterno Drácula.



Ficha técnica:
Fruto da imaginação maravilhosamente deformada de Tim Burton, chega até você a história de Barnabas Collins (Johnny Depp), um impetuoso aristocrata que é transformado em vampiro por uma amante rejeitada e confinado em uma sepultura por dois séculos. Emergindo do seu caixão para o mundo em 1972, ele retorna para o que um dia foi seu majestoso lar, somente para encontrar os disfuncionais descendentes da família Collins que ainda restam. Determinado a devolver o bom nome da família à glória perdida, Barnabas é frustrado em cada uma de suas ações por sua antiga amante, a sedutora bruxa Angelique (Eva Green) nesta "selvagem e imaginativa aventura".
Título no Brasil: Sombras da Noite
Título Original: Dark Shadows
Ano de Lançamento: 2012
Gênero: Comédia
País de Origem: EUA / Austrália
Duração: 113 minutos
Direção: Tim Burton
Roteiro: Seth Grahame-Smith
Fotografia: Bruno Delbonnel
Estúdio/Distrib.: Warner Bros. Pictures
Elenco:
Johnny Depp - Barnabas Collins
Eva Green - Angelique Bouchard
Michelle Pfeiffer - Elizabeth Collins Stoddard, Matriarca da Familia
Bella Heathcote - Victoria Winters / Josette DuPres
Jonny Lee Miller - Roger Collins
Helena Bonham Carter - Dr. Julia Hoffman
Chloë Grace Moretz - Carolyn Stoddard
Gulliver McGrath - David Collins
Jackie Earle Haley - Willie Loomis
Ray Shirley - Mrs. Johnson
Ivan Kaye - Joshua Collins, o pai de Barnabas Collins
Christopher Lee - Bill Malloy
Alice Cooper - Alice Cooper
Ivan Kaye - Joshua Collins
Susanna Cappellaro - Naomi Collins
Hannah Murray - Hippie Chick
Josephine Butler - mãe de David