quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CARGO - Um curta-metragem com Zumbis!


Oito entre dez fãs de filmes de terror amam zumbis, certo?
Dos dois que sobram, certamente um também gosta, mas afirma que o vísceral não é com ele. E o outro, o outro não deve gostar mesmo.
A verdade é que todos amam zumbis! Certamente não os de todos os tipos, como os maratonistas, os verdes, os clássicos, mas certamente algum toca o seu coraçãozinho...

Para alguns o subgênero zumbi está um tanto saturado, mas quem ama o horror sempre vai gostar de ver esses seres cambaleantes em sua tela, sejam reinventados - para poder falar mal - ou não.
Nas andanças pelo vasto mundo virtual, acabei me deparando com o Curta-metragem australiano Cargo, finalista da maior premiação de curtas do mundo, a Tropfest.

É claro que é difícil criar algo original se tratando do tema Zumbis, mas o ponto de vista e situação que o personagem se encontra aqui, não sei dizer se já foi explorado.
Enfim, sugiro "perder" sete minutos e assisti-lo... Vale muito a pena...

Dica: lenços de papel em mãos.

Sim, é emocionante...

Valeu a dica Garotas Geeks!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

História de Horror Americana (American Horror Story) - Primeira Temporada - 2011



Sinceramente, a coisa mais corajosa que já vi nos últimos tempos.

Onde, em época que o politicamente correto é vangloriado e tido como regra absoluta, o aborto é tratado de maneira recorrente, que em certo ponto, passa a ser quase normal? Onde, em época de que o feminismo é visto como lei, mulheres são tratadas e se deixam tratar como simples objeto de consumo sexual? Onde, em época de inclusão social, os realizadores têm coragem de chamar portadores de Síndrome de Down de retardados e freaks? Onde, em época que homofobia é crime hediondo, gays são tidos como aberrações, com direito a levar ferro na bunda, literalmente - hehe-? Sem contar os assassinatos, fetiches, estupros e nudez em generosas doses.

Além disso, estes assuntos são tratados tão naturalmente que tu vê que não há preconceito. Sabe quando as pessoas adquirem a capacidade de rir de si mesmas? Tipo isso.
Não me surpreenderia ao ficar sabendo que os produtores, diretores, roteiristas, enfim, os envolvidos na série, são homossexuais, negros, mulheres ou mesmo deficientes.

Não que eu concorde com tudo isso, mas é tão bom ver alguém retratando esta realidade genuinamente. Sem corromper a sua arte, para mostrar-se de acordo com o que a sociedade impõe e o melhor: sem pudores. Fico feliz que nada disso tenha sido censurado ao passar na TV, e se algo foi, imagine o festival grotesco que a História de Horror Americana seria.

Bom, por essa introdução em que praticamente fiz uma análise, mesmo sem intenção sobre personalidades,  o que condiz muito com American..., pois é tudo tão psicológico. Os personagens são tão bem desenvolvidos, tão complexos, e olha que são tantos...

Pegue altas doses de Horror de Amityville, acrescente a bizarrice e coragem de Imprint, misturada com o espetáculo inteligente e elegante de O bebê de Rosemary e terá American Horror Story.

A história gira em torna da família Harmon, que após uma série de atos trágicos e traições muda-se para uma nova casa, aparentemente perfeita e muito em conta. Falar que a casa foi palco de uma série de assassinatos e que os fantasmas permanecem nela é quase desnecessário. Da mesma maneira que dizer que algum dos novos moradores muda de personalidade, no caso o patriarca da fámilia, também é bastante óbvio, e que haverá uma inocente e desacreditada mocinha, é igualmente evidente.

O interessante é que mesmo contando a história da família Harmon, nos 12 episódios da série, antes dos créditos entrarem, vamos acompanhando em ordem cronológica alguns dos assassinatos que ocorreram antes na casa, dando mais embasamento e entendimento para as ações do fantasmas hoje.

Como já disse, os personagens são muito bem construídos, cada um com seus defeitos e principalmente seus anseios. O roteiro bastante amarrado, onde nem tudo é o que parece. Onde cada um enxerga o que quer ver, parafraseando Moira, a empregada da casa... e que empregada!!! 

Lendo alguns comentários sobre AHS pela rede, vi que foi bastante elogiado, principalmente os atores, em especial Jessica Lange, que realmente está incrível como Constance Langdon a vizinha da casa dos Harmon, e antiga moradora da mesma, envolvida em grande parte dos acontecimentos anteriores.

Se eu falar que AHS é sensual e sexual ao cubo, vou ser repetitiva? Se citar novamente o festival grotesco envolvendo infanticídios, este texto vai ficar redundante? Não sei, mas eu precidava enfatizar minha maior percepção envolvendo a série.

Uma pena só foi o fim, estávamos tão acostumados com a desgraça que caiu sobre a família Harmon, que o seu final a lá Os Fantasmas se Divertem, foi um tanto decepcionante ou uma espécie de merecida redenção, vai saber... Enfim... Acho que a Psicologia explica...

Esta primeira temporada foi exibida em 2011, pelo canal fechado FX Estados Unidos e Brasil. Também chamado de "American Horror Story: Murder House"

Em 2012, foi exibida a segunda temporada denominada "American Horror Story: Asylun". Onde vários atores presentes na primeira temporada voltaram a aparecer, mas com personagens diferentes, sem ligações com a primeira.

Em outubro deste ano, 2013, deve estrear a terceira temporada, intitulada "American Horror Story: Coven", novamente sem ligações com as outras. 



Primeira temporada episódios:

   1- "Pilot"
    2- "Home Invasion"
    3- "Murder House"
    4- "Halloween, Part 1"
    5- "Halloween, Part 2"
    6- "Piggy Piggy"
    7- "Open House"
    8- "Rubber Man"
    9- "Spooky Little Girl"
    10- "Smoldering Children"
    11- "Birth"
    12- "Afterbirth"


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Pânico (Scream) - 1996


Na verdade eu nunca gostei desse filme, acho que assisti lá por 1997, quando estava na quinta série, era assim que se chamava o ensino fundamental no meu tempo, mas a verdade é que não gostei. Não sei bem o porquê, mas o filme não mexeu comigo, talvez porque as guriazinhas da turma ficassem falando do quanto os atores eram bonitos, mas a verdade é que eu estava mais interessada em escrever contos de vampiros e seduzida pelo Bela Lugosi.

  
Passados então alguns anos, resolvi comprar o box com a quadrilogia do Pânico, afinal é um Wes Craven e por isso merecedor de estar em minha coleção. Então ontem assisti novamente Pânico, e devo dizer que assisti livre de preconceitos, simplesmente liguei a TV e tentei curtir o filme. Tal foi a minha surpresa que é possível sim, divertir-se assistindo o tal clássico do terror moderno, como alguns intitulam por aí.

A história é basicamente a mesma de qualquer slasher que se preste: "Assassino mascarado, matando jovens desprovidos de inteligência, com os hormônios a flor da pele".

O filme inicia com Drew Barrymore sozinha em casa, quando o telefone toca. Ao atender, a sexy voz convida- para um jogo (Alô! Jogos Mortais cadê a originalidade?) baseado em perguntas sobre filmes de terror. É claro que a loira clichê não será muito bem sucedida em suas respostas e acabará na faca do assassino, numa atuação digna de "Scream Queen B". E eu não considero esse parágrafo spoiler, pois se você já viu dois slashers, sabe que isso sempre acontece.

  
Passado o primeiro duplo assassinato, somos apresentados a mocinha protagonista Sidney Prescott (Neve Campbell). Uma pobre garota que há pouco tempo perdeu sua mãe, vítima de um homicídio brutal e que logo será perseguida pelo tal Ghostface, (não, não é uma máscara com a cara do Patrick Swayze, mas até seria legal se fosse).

Durante os 111 minutos de filme prepare-se para ver algumas, porém poucas mortes bobas e divertidas. A Monica do Friends bancando a jornalista gostosa que faz tudo pela matéria. Fãs de filmes de terror mostrados como retardados. Uma Rose McGowan loira muito antes de substituir sua perna por uma metralhadora. Todos misturados em um  roteiro interessante, com um final bem bolado.



O legal de Pânico são as referências. Todo o filme é baseado em outros filmes de terror, por isso é interessante procurar as citações tanto as jogadas na tua cara, como as mais ocultas. Por exemplo, ver uma personagem de relance e voltar a "fita" para ter certeza que Linda Blair faz uma ponta não creditada como repórter. Ou em outro caso, onde não teria necessidade de comentar que o zelador com sua típica blusa natalina listrada em vermelha e verde não é o Freddy Krueger.


Porém, Wes Craves se preocupou tanto em mostrar que ele e John Carpenter são os mestres do terror que em certo momento isso chega quase a cansar. Outro ponto negativo, na minha humilde opinião, é a ambiguidade da coisa, que não define se realmente quem assistiu filmes de terror demais vai começar a matar ou se isso simplesmente é mais uma parte cômica, já que a mídia sempre presume que são os filmes que tornam as pessoas violentas. Teremos nós leitores, motivos para começar a se tratar?

  
E apesar da chatice de sermos lembrados há todo momento que aquilo não é um filme e sim a vida real. Não dá para considerar um clássico, mas bem longe disso, Pânico cumpre sua promessa de divertimento e sangue!

  
Ah! E em relação aos atores bonitos do filme, continuo achando o Bela Lugosi muito, muito mais atraente.


Ficha técnica:
Sinopse: Sidney Prescott (Neve Campbell) começa a desconfiar que a morte de dois estudantes está relacionada com o falecimento da sua mãe, há cerca de um ano. Enquanto isso, os jovens da pacata cidadezinha começam a receber ligações de um maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror. Quem erra, morre. As perguntas seguem uma lógica que será desvendada numa grande festa escolar. 
Título no Brasil: Pânico
Título Original: Scream
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Duração: 111 minutos
Lançamento: 31 de janeiro de 1997
Direção: Wes Craven
Produção: Cathy Konrad, Cary Woods
Roteiro:Kevin Williamson
Elenco:
Neve Campbell ... Sidney Prescott.
Courteney Cox ... Gale Weathers.
David Arquette ... Dwight "Dewey" Riley.
Drew Barrymore ... Casey Becker.
Matthew Lillard ... Stuart "Stu" Macher.
Rose McGowan ... Tatum Riley.
Skeet Ulrich ... Billy Loomis.
Jamie Kennedy ... Randy Meeks.
W. Earl Brown ... Kenny.
Liev Schreiber ... Cotton Weary.